segunda-feira, 26 de fevereiro de 2024

No Brasil atual, ditadura é considerada a melhor forma de defender a democracia, por J. R. Guzzo

Lula condecorou Alexandre de Moraes com a Ordem do Rio Branco
Foto: Ricardo Stuckert/Presidência da República

As autoridades constituídas nos garantem diariamente que o Brasil é uma democracia impecável – tão impecável, na verdade, que qualquer cidadão que ponha isso em dúvida se arrisca a topar com a Polícia Federal batendo na porta de sua casa às 6 da manhã, com uma intimação para que ele responda ao inquérito perpétuo do STF para apurar “atos antidemocráticos”.


O esquisito, nessa situação, é que o poder público alega defender a ferro e fogo a democracia, mas está sempre achando que as coisas mais básicas que se fazem numa democracia são um perigo. Sua justificativa para isso não muda. Não se pode permitir, dizem os peixes graúdos do regime, que “a direita” utilize os direitos que lhe são dados pela lei, pela Constituição e pela própria democracia para agir “contra a democracia”.

A manifestação de rua prevista para o dia 25 de fevereiro na Avenida Paulista, em São Paulo, é mais um clássico do gênero. O único problema real, aí, é que apareça gente demais. Naturalmente, é um problema só para o governo Lula e os fiéis da sua seita política – mas no Brasil de hoje as palavras “governo” e “Lula”, quando juntas, passaram a ser o sinônimo oficial de “democracia”.

Se isso ou aquilo é a favor do presidente, então isso ou aquilo é “democrático”. Se é contra, passa automaticamente a ser antidemocrático. Resultado: o ato de brasileiros irem à rua vestidos de verde e amarelo, em paz, sem violar o direito de ninguém e exercendo um direito constitucional indiscutível, é tratado como uma ameaça.

Se fosse a favor de Lula, o Comissariado de Salvação Pública que governa o país acharia ótimo – embora seja difícil que venha a ter esse gostinho um dia, considerando-se que Lula prefere passar o resto da vida na Etiópia a aparecer em praça pública no Brasil. Mas não é – a manifestação é para as pessoas dizerem que são contra Lula, o STF e o que ambos querem impor à população brasileira. Aí o consórcio se alarma.

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Um marciano que desembarcasse por aqui poderia perguntar: “Mas qual é o problema? Basta o Lula, ou o Alexandre de Moraes, convocarem uma manifestação de rua igual”. A pergunta do marciano é a mesma que pode ser feita por qualquer brasileiro livre – com a diferença que o brasileiro sabe perfeitamente qual é a resposta.

É aí que está boa parte do problema político do Brasil. O ex-presidente Jair Bolsonaro, proibido de disputar eleições, ameaçado de prisão e tido como inimigo público número 1 da nação convoca uma manifestação de rua e todo mundo sabe que vai muita gente – a única discussão é sobre quantos vão, e em que temperatura está a sua popularidade real no momento. Se a esquerda governante convocasse um comício igual em defesa do Supremo, o único perigo seria alguém morrer de rir.

Mas o Brasil, cada vez mais, é um país politicamente psicótico. A realidade foi declarada ilegal pelos que mandam; a ditadura é considerada a melhor forma de se defender a democracia. Numa situação dessas, as ideias de povo, de vontade da maioria e de liberdade, viram subversão pura.

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