Alexandre Silveira (ministro de Minas e Energia) |
Segundo o ministro, a falha técnica no Ceará ocorreu em uma linha de transmissão e foi inicialmente identificada pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), por volta das 8h29. Já o outro evento ainda não foi identificado. O sistema de energia foi restabelecido totalmente às 14h49.
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“Houve sobrecarga no Ceará, o que fez o sistema entrar em colapso na região, com uma perda abrupta na carga. A ONS reagiu, modulou a carga para Sul e Sudeste e fez a carga ser reduzida para proteger o sistema”, disse o ministro.
O ministro afirmou que o Ministério da Justiça foi notificado para instaurar uma investigação junto à Polícia Federal e à Agência Brasileira de Inteligência (Abin) para apurar se houve falha humana ou dolo. O ministro também lembrou das torres de energia elétrica atacadas após o 8 de janeiro e criticou a privatização da Eletrobras.
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O outro evento, segundo o ministro, ainda não foi identificado pelo Operador Nacional do sistema Elétrico (ONS). A declaração do ministro foi dada a jornalistas na sede do Ministério de Minas e Energia (MME), em Brasília.
“Um dos eventos já apontados pelo ONS aconteceu no Norte do Nordeste, mais precisamente na região do Ceará. O outro evento possível ainda não está detectado pelo ONS”, disse Silveira.
“Foi um fato que causou a interrupção na Região Norte e Nordeste e, por uma contingência planejada do ONS, minimizou a carga das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, para que não houvesse a interrupção total dessas regiões”, disse o ministro em entrevista coletiva.
“O que aconteceu hoje é extremamente raro que aconteça, porque nós temos um sistema redundante. Para acontecer um eventos dessa magnitude, nós temos que ter tido dois eventos concomitantes, em linhas de transmissão de alta capacidade. Ou seja, é extremamente raro que aconteça o que aconteceu no episódio de hoje”, explicou.
Silveira disse também que só o ONS poderá dizer se o episódio aconteceu por uma questão técnica ou falha humana. A entidade deve entregar um relatório ao MME em até 48 horas. O ministro enviará enviar um ofício ao Ministério da Justiça para que seja encaminhado à PF (Polícia Federal) um pedido de instauração de um inquérito policial para apurar o motivo do apagão. Além da PF, o MME irá pedir também à Abin (Agência Brasileira de Inteligência) que investigue eventuais dolos.
Fonte: Gazeta Brasil
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