terça-feira, 21 de março de 2023

Não desistir do Brasil é um ato de heroísmo (ou insanidade), por Rodrigo Constantino

Rodrigo Constantino (economista e colunista da Gazeta do Povo)

 


O Brasil cansa. Esse já virou meu bordão, de tanto que repito. Mas, na verdade, o Brasil exaspera, deixa qualquer pessoa normal exaurida, o nosso país é exaustivamente absurdo. Ter de comentar diariamente a situação política, econômica e social nessas terras tupiniquins é relembrar todo santo dia a capacidade do ser humano de errar, insistir no erro e depois errar novamente, cometendo as mesmas barbaridades.

O que dizer, por exemplo, da minha área de especialidade, a economia? Quando temos Mercadante mandando recados para o ministro, que é seu companheiro Fernando Haddad, e este vira o “fiador da responsabilidade”, então é porque você sabe que a coisa está muito, muito feia!

Estamos aguardando o novo arcabouço fiscal. O ministro Haddad pode esperar de mim e do banco total lealdade e parceria, ao contrário das especulações que são publicadas. Não estamos aqui por outra razão. Não tem expectativa de substituir ninguém, muito menos de competir”, disse Mercadante”. “Agora, não nos peçam para deixar de dizer o que nós pensamos para ajudar o governo a acertar, a encontrar o melhor caminho, a buscar as melhores práticas. É para isso que estamos aqui”, completou.

Ambos, Mercadante e Haddad, nada aprenderam com as décadas que passaram, e continuam defendendo as mesmas ideias mofados, estatizantes, “desenvolvimentistas”, clamando por um estado hiperativo e hipertrofiado. O resultado já começa a aparecer em menos de um trimestre de desgoverno: a taxa de desemprego, após dez quedas consecutivas, subiu; a inflação segue elevada; a “reforma tributária” petista pode dobrar os impostos do setor de serviços; os investidores, assustados, guardam projetos de investimentos na gaveta. Não há como dar certo!

Mas não é “só” na economia. Colocar Lula, condenado por corrupção em várias instâncias, de volta ao poder foi pedir para ter um total esgarçamento do tecido social. Que moral tem uma pessoa honesta neste país? É por isso que Sergio Cabral já se sente à vontade para atuar em busca do Oscar e se colocar como a maior vítima do planeta, alvo de um anti-Cristo. É por isso que os irmãos Joesley e Wesley Batista, da JBS, vão fazer parte da comitiva para a China. É tudo muito transparente, ninguém pode negar: não há mais pudor algum, a turma da malandragem venceu.

E o que dizer sobre o eterno problema da nossa impunidade? Um sujeito que sequestrou e abusou de uma menina de 12 anos foi solto! Sim, ele prestou depoimento e foi liberado, com uma tornozeleira eletrônica. “Eu fiquei revoltada com a soltura dele. Ele claramente comeu crimes e deve responder por isso. Eu acredito que a justiça vai ser feita. O importante é que minha irmã está viva, bem e com a família. Vamos cuidar dela e espero que isso não aconteça com mais ninguém. Que ele não fique impune e faça isso com outras meninas inocentes. O tratamento psicológico vai ser fundamental para a recuperação dela”, pontuou a irmã.

Enquanto esse sujeito desprezível foi solto, vários seguem presos pelo “crime” de ter cantado o Hino Nacional em frente ao quartel militar. Como alguém pode ter esperança num país desses? Como alguém pode insistir, sem jogar a toalha? Eis a questão! Brasileiro não desiste nunca mesmo. Nem eu, que fui alvo do sistema podre e carcomido e sou tratado como bandido. Nós não podemos abandonar de vez nosso país, entregá-lo de bandeja a esses crápulas. Não desistir, sob tais condições, é ato de puro heroísmo. Ou insanidade, talvez…


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