quinta-feira, 6 de março de 2025

Braga Netto pede prazo maior para defesa e questiona ritmo de processo no STF

 

General Braga Netto (preso político)


O ex-ministro da Defesa e ex-candidato a vice-presidente na chapa de Jair Bolsonaro, Walter Souza Braga Netto, protocolou no Supremo Tribunal Federal (STF) um pedido para ampliar o prazo de sua defesa no processo que investiga uma suposta tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022. Na semana passada, o relator do caso, ministro Alexandre de Moraes, concedeu 15 dias para que os denunciados apresentassem suas defesas. No entanto, a equipe jurídica de Braga Netto argumenta que o prazo é insuficiente para analisar a complexidade do caso e preparar uma resposta adequada.

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Além de solicitar o dobro do tempo inicialmente estipulado, a defesa de Braga Netto também requereu ao STF a oportunidade de se manifestar após o depoimento do tenente-coronel Mauro Cid, que fez uma delação premiada no processo. A estratégia visa garantir que o ex-ministro tenha acesso a todas as informações relevantes antes de apresentar sua versão dos fatos, assegurando o direito à ampla defesa e ao contraditório, princípios fundamentais da Justiça.

O caso, que tem como pano de fundo as acusações de suposta interferência no processo eleitoral, tem sido alvo de críticas por parte de setores conservadores, que apontam um viés político nas investigações. Para os defensores de Braga Netto, o ritmo acelerado do processo e as decisões do ministro Alexandre de Moraes refletem uma parcialidade que prejudica o equilíbrio e a transparência do julgamento.

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Braga Netto, que ocupou cargos de destaque no governo Bolsonaro, incluindo a chefia do Ministério da Defesa, nega qualquer envolvimento em ações que possam caracterizar tentativa de golpe. Sua defesa reforça que ele sempre agiu dentro da legalidade e em defesa das instituições democráticas.

O pedido de ampliação do prazo e a solicitação para se manifestar após Mauro Cid são vistos como medidas necessárias para garantir um processo justo e equilibrado. Enquanto o STF analisa os requerimentos, o caso continua a gerar debates sobre os limites da atuação judicial e a necessidade de preservar os direitos fundamentais dos acusados, independentemente de sua posição política.


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