sábado, 8 de março de 2025

Haddad admite que redução de impostos não basta e aposta em Plano Safra e câmbio para conter inflação

 

Fernando Haddad (ministro da Fazenda)

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta sexta-feira (7) que as medidas anunciadas pelo governo, como a redução a zero do imposto de importação de produtos como carne, açúcar, café e biscoitos, não serão suficientes para controlar a inflação sozinhas. Durante participação no podcast Flow, Haddad destacou que a produção agrícola, impulsionada por um "bom Plano Safra", e a correção do câmbio são fatores mais decisivos para derrubar os preços dos alimentos.

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Tem alcance, mas há outros fatores que vão ajudar mais a baixar o preço”, comentou o ministro, que não participou diretamente do anúncio das medidas. Ele explicou que a isenção de impostos sobre importações não tem o objetivo de reduzir os preços imediatamente, mas sim de frear a intenção dos produtores de aumentar os valores. “Não acredito que tenha uma decisão que vai resolver a inflação”, acrescentou.

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Haddad ressaltou que um Plano Safra robusto é "metade do caminho" para conter a inflação dos alimentos, enquanto a desvalorização do dólar em relação ao real também é crucial. “O dólar precisa voltar a um patamar civilizado”, afirmou, sugerindo que a estabilidade cambial é essencial para o controle de preços.

As declarações de Haddad expõem as limitações das medidas emergenciais do governo, que são mais focadas em efeitos de curto prazo do que em soluções estruturais. A dependência de fatores externos, como o câmbio, e a falta de um plano claro para aumentar a produtividade agrícola e industrial do país são sinais de que o governo ainda não encontrou um caminho eficaz para combater a inflação de forma consistente.


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