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Jair Bolsonaro (ex-presidente da República) |
A defesa critica a “fishing expedition” – uma busca especulativa por provas – e cita como precedente o julgamento que anulou as condenações de Lula na Lava Jato, no qual Zanin era seu advogado, sob a alegação de conluio entre o ex-juiz Sergio Moro e o Ministério Público Federal (MPF). O advogado Celso Vilardi, que representa Bolsonaro, argumenta que Moraes, por ter atuado como juiz instrutor no caso, não poderia participar do julgamento final, pedindo a aplicação da figura do “juiz de garantias”.
Outro ponto em comum com a defesa de Lula é a crítica ao “document dump” – anexação de um grande volume de páginas à denúncia, dificultando a ampla defesa. Vilardi afirma que as 81 mil páginas do processo contra Bolsonaro carecem de “método, lógica ou organização”, estratégia semelhante à usada na Lava Jato para questionar a validade das provas.
A defesa também questiona a fragilidade das delações premiadas e cita decisões anteriores do STF que limitaram quebras de sigilo para evitar “devassas indiscriminadas” na vida privada dos investigados. Esses argumentos, que ajudaram Lula a se livrar das acusações na Lava Jato, agora são usados para tentar proteger Bolsonaro de uma possível condenação.
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